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25 de março de 2009

Curso de Extensão em Avaliação e Tratamento de Transtornos Alimentares e Obesidade

O Curso de Extensão em Avaliação e Tratamento de Transtornos Alimentares e Obesidade abrirá uma turma com início previsto para o dia 25 de julho de 2009, no Instituto de Psiquiatria-IPUB/UFRJ.

Objetivos do curso:

Aprimorar os conhecimentos teóricos e práticos sobre os transtornos alimentares e a obesidade, aprofundando a compreensão de suas inter-relações.

Capacitar o profissional para a realização de avaliações diagnósticas adequadas e para atuar no tratamento, na prevenção e na pesquisa dos comportamentos e das condições relacionadas ao amplo espectro das alterações do peso.

Conteúdo programático (resumido):

· Classificação e avaliação dos transtornos alimentares

· Etiologia dos transtornos alimentares

· Tratamento psicoterápico dos transtornos alimentares

· Tratamento nutricional dos transtornos alimentares

· Tratamento farmacológico dos transtornos alimentares

· Terapia familiar

· Tratamento hospitalar

· Avaliação da obesidade e diagnósticos co-mórbidos

· Etiologia da obesidade

· Tratamento clínico da obesidade

· Tratamento nutricional da obesidade

· Atividade física e obesidade

· Tratamento psicoterápico da obesidade

· Tratamento farmacológico da obesidade

· Tratamento cirúrgico da obesidade

· Estratégias para prevenção dos transtornos alimentares e obesidade

· Transtornos alimentares e obesidade em crianças e adolescentes

· Eficácia das diferentes modalidades de tratamento dos trantornos alimentares e da obesidade: revisões sistemáticas, metanálises e consensos

· Diretrizes da Comissão Técnica de Grupos Especializados no Estudo e Tratamento dos Transtornos Alimentares: um movimento em parceria com a Associação Brasileira de Psiquiatria

O curso é composto por aulas teóricas, discussão de casos clínicos, exercícios para treinamento em avaliação e tratamento, análise de vídeos clínicos e leitura de material bibliográfico. Para consultar o programa detalhado do curso, por favor acesse: http://www.gota.org.br/curso_extencao.asp

Público-alvo: médicos, psicólogos, nutricionistas, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, professores de educação física e fisioterapeutas.

Coordenadores: Mônica Duchesne, Silvia Regina de Freitas e José Carlos Appolinário

As inscrições: poderão ser realizadas no período de 27 de abril a 15 de junho de 2009, na Secretaria Acadêmica do Instituto de Psiquiatria.

Informações:

Instituto de Psiquiatria - Secretaria Acadêmica – Graça Oliveira

Avenida Venceslau Brás, 71 – fundos

22.290-140 – Botafogo – Rio de Janeiro

Tel: (21) 3873 5512

www.ipub.ufrj.br
www.gota.org.br

cursos@ipub.ufrj.br

Nas bancas....

.A revista Mente&Cérebro volta a lançar a série Memórias da Psicanálise com Sigmund Freud no primeiro fascículo.
Falando sobre a origem da psicanálise, teorias da sexualidade, Id, Ego e Superego entre outros temas, a revista deve estar nota 10.
Aproveito para lembrar do especial As Faces do Feminino, também da Mente&Cérebro (postei um texto aqui) que eu adorei e ainda está nas bancas.


Veja o email que eu recebi, lançando o Memórias da Psicanálise:
"Há cerca de um século a psicanálise transformou a forma como as pessoas pensam em si mesmas e no mundo a sua volta. Mesmo que muitos não se dêem conta, de variadas formas os conceitos psicanalíticos revelam aspectos da subjetividade e das relações humanas. Hoje, hipóteses e teorias sobre o funcionamento psíquico propostas por Sigmund Freud fazem interface com campos do saber como a arte, a filosofia, a educação, a medicina, a sociologia, sendo estudadas e praticadas em mais de 40 países, seguindo as várias tendências decorrentes de leituras e releituras da obra freudiana propostas por Melanie Klein, Donald Winnicott, Wilfred Bion, Jacques Lacan e outros.

A América do Sul, em especial o Brasil e a Argentina, ocupa um lugar de peso na geopolítica do movimento psicanalítico. Só no Brasil, há uma centena de instituições localizadas nos principais centros urbanos. Dia 31 de março, às 19h30, a psicanalista C. Lucia M. Valladares de Oliveira aborda a história da “ciência do inconsciente” no país, desde o começo do século XX, na palestra A história da psicanálise no Brasil, na Livraria Cultura do Bourbon Shopping. O evento marca o lançamento da reedição da coleção Memória da Psicanálise, da revista Mente&Cérebro, da Duetto Editorial.

A série, que alcançou enorme sucesso entre psicanalistas, psicólogos, educadores, estudantes dessas áreas e interessados em geral quando foi lançada em 2004, está de volta em versão revista e atualizada. Agora, em vez de seis, nove números, de 96 páginas cada, tratam da vida e da obra das mais importantes personalidades que fizeram (e ainda fazem) a história dessa vasta e intrigante área de conhecimento. “A obra é um documento precioso para a difusão da história da psicanálise. Além de contribuir para a formação de novas gerações de profissionais da saúde mental, revela o quanto essa doutrina, pela sua força subversiva, é um fenômeno cultural fundamental para a compreensão do sujeito”, comenta C. Lucia M. Valladares de Oliveira, autora de um dos artigos da coleção."
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23 de março de 2009

A invenção da mulher - O que Freud e Lacan dizem sobre a feminilidade (Parte 5 de 5)

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Imaginário masculino
No filme Neblina e Sombras, de Woody Allen, há uma cena em que a personagem de Mia Farrow foge dos maus-tratos de seu marido e é acolhida pelas prostitutas no bordel da cidade. Elas têm então um diálogo muito bem-humorado em que falam sobre as fantasias sexuais masculinas, que, vistas de fora, são esquisitas ou ridículas.


Na acepção psicanalítica, a fantasia não é estritamente um roteiro de um jogo sexual, mas a relação entre o sujeito desejante e o objeto que causa seu desejo. É ela que sustenta a vida sexual e amorosa do sujeito que busca esse objeto na realidade.


Para a mulher, o fato de um homem tomá-la como tal objeto é algo que a intriga; ela se esforça para entender o que significa ocupar esse lugar e muitas vezes tenta com sinceridade corresponder a ele, imitando seus gostos, suas preferências ou tentando ser como seus amigos homens, com os quais ele parece tão à vontade. Porém não pode evitar a sensação de despersonalização que a acomete, uma vez que se trata da fantasia dele, na qual ela ocupa o lugar de objeto. Ora, um objeto é, por definição, o contrário de um sujeito; não é alguém, é algo. Aquilo de que ela se ressente é da negação de sua subjetividade a que é exposta pela fantasia masculina.


..............................................Fotografia de Helmut Newton
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Desejo amortecido

Freud considera a inibição sexual na mulher resultado de um recalque excessivo da atividade masturbatória na fase edipiana. Já o psicanalista francês Jacques Lacan, em sua apresentação no Congresso sobre Sexualidade Feminina (1960), chega a afirmar que, se for levada em conta sua forma transitória, a frigidez feminina é praticamente genérica. Ressalta, porém, que ela é “relativamente bem tolerada” pelas mulheres, em comparação com a atitude dos homens diante da impotência. Lembra ainda que a frigidez deve ser compreendida no âmbito da neurose e que isso explica “sua inacessibilidade a qualquer tratamento somático – e, por outro lado, o fracasso corriqueiro dos préstimos do parceiro mais desejado”.

É interessante notar que tais observações são confirmadas nos dias de hoje pelo fracasso, até o momento, na criação de um equivalente feminino dos medicamentos para a chamada disfunção erétil – que, na realidade, não são afrodisíacos, apenas vasodilatadores. Ou seja, eles propiciam condições fisiológicas para o desejo sexual se manifestar, porém são ineficientes para gerá-lo.

Diante do fenômeno, a psicanálise não propõe uma solução física, mas a compreensão da própria constituição do desejo. Se a frigidez é bem tolerada entre as mulheres, como afirma Lacan, é porque, para elas, não há clivagem entre desejo e amor. Assim, uma dificuldade referente ao desejo pode ser mais bem tolerada quando continua existindo um investimento amoroso no parceiro.

O psicanalista francês Charles Melman, por sua vez, comenta que no início de sua prática clínica, há cerca de 50 anos, a frigidez tinha de fato um caráter quase genérico, mas que hoje, apesar de ainda existir, é cada vez mais rara. Ele atribui tal mudança a uma suspensão do recalque sobre a sexualidade devido a transformações culturais. De fato, a mulher tem atualmente a possibilidade de exercer sua sexualidade de uma forma que não era possível às pacientes de Freud. Isso mostra a plasticidade do sintoma e quanto ele não pode ser reduzido a mecanismos fisiológicos.

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Confira a parte 1, 2, 3 e 4 da postagem.
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Blog sobre saúde da mulher


Os especialistas da Rede D’Or criaram o blog Espaço Saúde da Mulher, um espaço de comunicação entre pacientes e médicos de variadas especialidades.

Além de informações sobre as principais doenças femininas, as visitantes encontram dicas de saúde, novidades em tratamentos e informações sobre pesquisas relativas a saúde feminina.

A chefe do setor de ginecologia e obstetrícia do Hospital Barra D’Or, Maria Cecília Erthal, uma das idealizadoras do blog, faz uma advertência: o veículo não substitui de forma alguma a consulta médica. “O objetivo facilitar a troca de idéias e estimular as mulheres a procurar seus médicos. Afinal, cada caso é único e precisa ser diagnosticado para que sejam apontadas as melhores opções de tratamento.”

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