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30 de maio de 2008

Dislexia e Psicanálise na PUC-SP

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Crianças que não lêem, crianças que só copiam, que não estruturam um texto ou que repetidamente produzem as mesmas trocas de letras na escrita representam um desafio para os profissionais que com elas trabalham, seja no campo escolar ou na clínica. A forte tendência atual de medicalização das dificuldades escolares tem ocasionado a circulação maciça, na mídia, da noção de dislexia, que, desse modo, acaba por ultrapassar as fronteiras do discurso médico para se oferecer aos educadores, aos pais e até mesmo às crianças como a interpretação legítima das dificuldades na aquisição da escrita. Atribuída a uma falha no funcionamento cerebral, não é difícil ver o quanto a categoria diagnóstica dislexia produz um apagamento das condições que constroem as dificuldades de acesso à escrita, desresponsabilizando a escola, os pais e o próprio sujeito. O curso se propõe a abordar o sintoma na escrita como sintoma do sujeito, o que requer que se vá além da noção de sujeito do conhecimento usualmente convocada pelo campo dos estudos sobre a aquisição da escrita. O curso discutirá as possíveis relações entre os embaraços na aquisição da escrita e os contratempos da constituição do sujeito, com o objetivo de refletir sobre os efeitos que essa articulação pode produzir no trabalho com a escrita, nas suas modalidades clínica e pedagógica.
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Participação de:
Rejane Rubino - fonoaudióloga do Serviço de Patologia da Linguagemda DERDIC, mestre em Lingüística (Aquisição da Linguagem) pelo LAEL/PUC-SP e professora do curso de Fonoaudiologia da PUC-SP; Sandra Pavone - psicanalista do Setor de Psicologia da DERDIC; Dr. Alfredo Tabith Jr. - foniatra do Setor Médico da DERDIC; Ilana Katz Z. Fragelli - psicanalista e membro do LEPSI-USP
Dirigido a fonoaudiólogos, psicanalistas, psicólogos, psicopedagogose educadores em geral, e também aos alunos do último ano das graduações em Fonoaudiologia, Psicologia, Pedagogia e Letras.
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Principais eixos temáticos:
• A dislexia e seus efeitos no discurso social.
• Sujeito epistêmico, sujeito psicológico e sujeito do inconsciente:qual é o sujeito que faz sintoma na escrita?
• Teorias de aquisição da escrita.
• As leituras dos sintomas na escrita produzidas no campo da Fonoaudiologia.
• A constituição do sujeito e suas relações com o acesso à escrita.
• O sujeito do desejo implicado no ato de aprender.
• O que o conceito de inibição intelectual pode iluminar em relação aos impasses no acesso à escrita?
• A história da escrita na concepção psicanalítica: o recalque da imagem e o funcionamento do sistema alfabético.
• A pedagogia contemporânea e a demissão do ato educacional.
• Discussão de casos clínicos.
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Duração: 05 de agosto a 25 de novembro de 2008
Carga horária: 2 horas semanais Horário: terças-feiras, das 19h00 às 21h00
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Informações e inscrições:
Tesouraria da DERDIC. De segunda à sexta das 8h00 às 19h00.
Tel.: (11) 5908.8006
Fax: (11) 5908.8007
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29 de maio de 2008



Ontem comecei as atividades do Grupo de Estudo Sintomas Contemporâneos, um Estudo Psicanalítico com o primeiro encontro lotado!

Os participantes, muito bem preparados e com experiências em campos diferentes, contribuíram muito nas discussões que pretendem abordar o sujeito contemporâneo e suas novas formas de mal estar na atualidade.
Agradeço a participação de todos e convido os interessados no tema a participar do próximo encontro. O grupo acontece toda quarta feira, ás 19 h, em Icaraí, Niterói.
Maiores informações
Fernanda Pimentel
Cel: (21)8853-6697
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26 de maio de 2008

Psicanálise e literatura em Brasília


No dia 28 de maio, às 19h30, o Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília realiza o primeiro debate do programa Psicanálise & Literatura, que tem por objetivo discutir os principais conteúdos da teoria psicanalítica a partir de grandes obras da literatura mundial.
Freud foi o primeiro a reconhecer as estreitas afinidades entre a psicanálise e a literatura, num texto clássico, do início do século XX, intitulado Escritores Criativos e Devaneios. São essas afinidades que o CCBB quer discutir com o novo programa. "Querermos tornar acessível ao grande público os principais conceitos da psicanálise, utilizando para isso a literatura e depoimentos de escritores, artistas e de psicanalistas, que vão tratar o assunto a partir de histórias universais, que tocam a todos nós", diz Maria Luzineide Medeiros Soares, gerente geral do CCBB de Brasília.
Dentro dessa ótica, o complexo de Édipo será analisado a partir do contexto da tragédia grega; a questão da sexualidade feminina, por meio da obra libertária de Hilda Hilst; o ciúme, pelos olhos de Dom Casmurro, de Machado de Assis; a função do analista, pelo viés do romance policial, criado por Edgard Allan Poe; as psicoses, a partir da escritura polissêmica, onírica e fragmentária de James Joyce, em sua obras-primas Ulisses e Finnegan's Wake.
Os debates acontecem mensalmente, de maio a novembro, com exceção de julho. Além de Tania Rivera e de Fernando Bonassi, entre os artistas e psicanalistas confirmados para o programa estão os escritores Mario Prata, Marina Colasanti, Tony Bellotto, Nicolas Behr; escritor, tradutor e professor da USP, Jaa Torrano, e os psicanalistas Anna Verônica Mautner, Betty Milan, Daniela Chaterlard, Luiz Celes e Miriam Chnaiderman.
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Programaçã completa do ciclo:
28 de Maio - 19h30 às 21h30
O Escritor e o Lúdico
Para Freud devemos procurar na infância, nos jogos e nas brincadeiras, os traços da atividade imaginativa do escritor e do artista em geral. Como o escritor lida com o desejo e com o lúdico?Tania Rivera e Fernando Bonassi
17 de Junho - 19h30 às 21h30
Édipo e a Esfinge
O que a teoria psicanalítica deve à literatura? Podemos afirmar que a psicanálise se apropriou da literatura, em especial da tragédia grega, para constituir alguns de seus principais conceitos, como o complexo de Édipo?Miriam Chnaiderman e Jaa Torrano
19 de Agosto - 19h30 às 21h30
Literatura, Psicanálise e Feminilidade
Como a teoria freudiana vê o feminino? Como a sexualidade feminina se expressa na obra de algumas de nossas autoras, em especial na prosa poética e irreverente de Hilda Hilst?Daniela Chatelard e Marina Colasanti
23 de Setembro - 19h30 às 21h30
Capitu e Bentinho: Entre o Amor e o Ciúme
A partir de uma leitura psicanalítica da obra-prima de Machado de Assis, Dom Casmurro, com entender o desejo, o amor e o ciúme doentio de Bentinho por Capitu?Anna Verônica Mautner e Mario Prata
22 de Outubro - 19h30 às 21h30
Poe e o Romance Policial
Uma forma de pensar a relação entre psicanálise e literatura é o gênero policial, criado por Edgar Allan Poe. Podemos aproximar o analista do detetive, já que ambos estão aí para interpretar uma história que não lhes pertence e da qual têm apenas indícios?Luiz Celes e Tony Bellotto
28 de Novembro - 19h30 às 21h30
Joyce e o Fim da Narrativa Linear
De que maneira os grandes escritores do século XX, em especial James Joyce, em suas obras-primas Ulisses e Finnegans Wake, utilizaram a psicanálise para criar novas formas de narração?
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ENTRADA FRANCA
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Informações:
CCBB Brasília
SCES Trecho 2, lote 22
Tel.: (61) 3310-7087
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