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22 de setembro de 2009

Sites pró Anorexia

Psiquiatras pedem ação contra sites que incentivam anorexia

Solicitação foi feita durante semana de moda de Londres.
Uma em cada dez crianças busca sites pró-anorexia repetidamente.

Enquanto a London Fashion Week reascende o debate sobre modelos ultramagras, psiquiatras pediram ao governo britânico que tome atitude sobre o crescente número de sites que defendem a anorexia. Encorajados por redes sociais, como o Facebook, ou o site "Thinspiration", cada vez mais pessoas buscam na internet dicas sobre como passar fome ou ocultar extrema perda de peso, informou o Royal College of Psychiatrists.

"Esses sites normalizam a doença", disse o professor Ulrike Schmidt, membro do colegiado da seção de distúrbios alimentares. "Da mesma maneira, as passarelas de eventos de moda internacionais como o London Fashion Week podem atuar como uma vitrine de mulheres com baixo peso."

Organizadores da Fashion Week se recusaram a suspender o uso de modelos descuidadas nas passarelas.

Mais de 1,6 milhão de pessoas na Grã-Bretanha sofrem de distúrbios alimentares, sendo quase 90% são adolescentes do sexo feminino.

O relatório solicita que o governo combata a proliferação de sites a favor de distúrbios alimentares como parte de amplos esforços para proteger crianças na Internet por meio do conselho britânico para Segurança da Criança na Internet (UKCCIS, na sigla em inglês).

Psiquiatras dizem que uma em cada dez crianças busca sites deste tipo repetidamente, inspirando-se em celebridades como Lindsay Lohan e Paris Hilton. Alguns sites utilizam fotografias de modelos excessivamente magras e fóruns de mensagens para encorajar severa perda de peso.

Beat, uma instituição de caridade para pessoas com distúrbios alimentares, informou que medidas para tornar tais sites ilegais não resolverão a raiz do problema. "Conduzir as pessoas para fora destes sites, em direção a páginas pró-recuperação, é o que desejaríamos ver", afirmou a porta-voz da instituição, Mary George.

A Beat informou que já está trabalhando com a provedora de serviços na internet AOL para filtrar as buscas. "Se alguém coloca em uma busca sites pró-anorexia, nosso site aparece primeiro", explicou ela. O UKCCIS informou que está trabalhando duro para garantir que jovens vulneráveis sejam conduzidos para endereços onde poderão encontrar ajuda ao acessar tais sites.

Fonte: G1

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