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19 de junho de 2010

filhos de pais gays

Artigo da Revista Crescer fala de pesquisa norte-americana que revela que filhos de casais gays são melhores alunos e mais disciplinados do que as crianças criadas por casais heterossexuais


"Ao contrário do que muitos pensam, ter pais homossexuais não prejudica o desenvolvimento das crianças. Pelo contrário, uma pesquisa norte-americana revela que os filhos de lésbicas podem até se desenvolver melhor que os de casais heterossexuais.

Ao todo, 84 famílias americanas, compostas por casais de lésbicas, foram acompanhadas por mais de 17 anos. Todas as mulheres concordaram em responder questionários que seriam enviados periodicamente pelos pesquisadores. As questões abordavam o desempenho escolar e as habilidades sociais das crianças. Ao longo dos anos, os cientistas constataram que elas tinham mais confiança, autoestima, melhor desempenho escolar e eram menos agressivas do que algumas crianças filhos de heterossexuais.


As crianças, assim como as mães, também responderam aos questionários. Foram duas etapas, a primeira aos 10 anos de idade e outra aos 17. As perguntas eram relacionadas à vida social, comportamento, sentimentos, ansiedade e depressão. Com isso, os pesquisadores descobriram que 41% das crianças já tinham sofrido discriminação e enfrentado provocações por serem criadas por pais do mesmo sexo. “Os possíveis problemas a serem encontrados por filhos de pais homossexuais têm a ver com a ignorância e o preconceito social”, afirma o psicólogo Klecius Borges. Aos 10 anos elas apresentavam mais sinais de estresse psicológico do que os filhos de heterossexuais. Mas aos 17 os sentimentos ruins já não faziam mais parte da vida dos adolescentes.


A participação ativa das mães homossexuais é apontada pelos pesquisadores como uma possível causa para o melhor desempenho das crianças. Eles afirmam que lésbicas estimulam seus filhos a lidar com o preconceito e a diversidade. Além de abordar com mais naturalidade temas como sexualidade e tolerância. “Essas mães devem educar seus filhos a partir de uma visão positiva e afirmativa sobre os diferentes modelos familiares e prepará-los para lidar com o preconceito”, diz Borges.


Essa é a primeira pesquisa realizada exclusivamente com casais de lésbicas que constituíram uma família por meio da inseminação artificial. Até então, os estudos nesse sentido eram feitos com crianças criadas por casais gays, mas geradas em diferentes circunstâncias: relações heterossexuais, adoção e também inseminação. Esses estudos anteriores não apontavam diferenças significativas entre os filhos de heterossexuais e homossexuais."

Veja mais aqui.

Um comentário:

romvlo. disse...

Um estudo de coorte sempre tem uma validade. Se não se importa, sempre publique junto ao post o link para o artigo científico. Mas um estudo de coorte não permite generalização, talvez a realidade de filhos de pais gays em outros paises apontem outros resultados, e ainda se for de pais masculinos. Outras variáveis devem existir. Mas achei bem legal esse estudo.