A histeria generalizada na psicanálise de Freud a Lacan
A psicanálise se iniciou com as histéricas, que Freud conheceu no serviço de Charcot em Paris e depois em seu divã. Elas lhe ensinaram que o sintoma corporal conta uma cena traumática, que cada parte do corpo pode funcionar como uma zona erógena, pois o inconsciente se inscreve no corpo. Em seguida, Freud descreve a neurose histérica e o desejo insatisfeito em ambos os sexos. Em Lacan a histeria é percebida como uma forma de laço social. A partir disso pensamos também a histeria como obra de arte no teatro e na ópera. | 3 de maio O corpo histérico e o sintoma conversador. Os pacientes histéricos de Freud revelaram que o corpo é um palco — cada parte contém em si uma cena, um encontro, um estupro, uma transgressão, um beijo, uma carícia que mapeiam a anatomia convertida em sintomas que contam corporalmente a história histérica do sujeito do inconsciente.
10 de maio O desejo insatisfeito e o gozo da insatisfação. O balé histérico: o pas de deux (Dois? Não!), o pas-de-trois (O sexo começa a três) e o pas-de-quatre.
17 de maio O histérico macho. Quem disse que só as mulheres são histéricas? A questão inconsciente da histeria "sou homem ou mulher?" apreendida por Freud com o conceito de bissexualidade se manifesta de forma distinta nos homens e nas mulheres? Para além dos sintomas, quais as peculiaridades da histeria masculina? O caso de Dom Juan.
24 de maio O teatro operistérico. Lacan elevou a histeria à dignidade de um laço social (para além do sintoma e da neurose.) mostrando aí um vínculo que se estabelece a partir do desejo e da posição de objeto - de objeto ativo. Esse vínculo tem afetos e estratégias próprias para provocar o desejo e a produção de saber no espectador. Sob os holofotes: a histeria como obra de arte. O teatro e a ópera. | |
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| Antonio Quinet é psicanalista, psiquiatra, doutor em filosofia (Université Paris VIII - Vincennes) e dramaturgo. Autor de vários livros de psicanálise como A estranheza da psicanálise - Escola de Lacan e seus analistas (2009) e de peças teatrais como A lição de Charcot - sobre o teatro histérico (peça inédita publicada em 2005) e Variações freudianas 1: o sintoma (2010-2011), em cartaz em abril e maio deste ano na Casa de Cultura Laura Alvim. |
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Um comentário:
Ah, a histeria! Sem ela, não haveria psicanálise...
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