Exposição americana sobre a vida do físico Albert Einstein é inaugurada no Rio
Após percorrer mais de dez países, a exposição ganhou traços abrasileirados e atrações interativas inéditas para comemorar os 85 anos da visita de Einstein ao Rio. As duas passagens do físico pela cidade, em março e maio de 1925, duraram pouco mais de uma semana e foram maciçamente comentadas pela imprensa da época, que divulgava inclusive o seu cardápio - Einstein aventurou-se até com um vatapá com pimenta. Apesar da companhia de nomes como Oswaldo Cruz, o físico, que ganhara o Prêmio Nobel quatro anos antes, também se entediava com a falta de colegas.
A mostra contraria a declaração do físico, segundo a qual sua vida "não interessava a ninguém". Dos manuscritos às fotos, passando por flashes de sua atribulada vida amorosa, a devassa sobre a biografia do alemão é completa e revela uma existência das mais interessantes.
- É difícil acreditar que uma teoria hermética, como a da relatividade, tenha assumido um ar tão pop - admite Tolmasquim. - A verdade é que ideias como luzes fazendo curvas e o tempo relativo dão boas manchetes de jornal. Além disse, Einstein não ficou restrito ao seu gabinete de trabalho. Ele foi às ruas e expôs suas opiniões, defendendo inclusive o pacifismo.
A oposição à Primeira Guerra Mundial custou hostilidades ao físico em sua passagem pela Argentina, onde ficou por um mês. Imigrantes alemães recusaram-se a recebê-lo. Em seu próprio país, não faltou quem o acusasse de traição. Parceiro do museu americano no Brasil, o Instituto Sangari enriqueceu a exposição com interações criadas por artistas convidados. O desafio é explicar didaticamente as ideias do cientista.
- O público brasileiro é mais ligado à interatividade - assinala Juliana Estefano, gerente de relacionamento do Sangari. - Chamamos artistas renomados para explicar, por exemplo, os buracos negros. Isso é feito por um jogo, em uma mesa multitoque, em que demonstramos como se comportam estas estruturas.
Outro destaque é a máquina do tempo, que exibe como seria a variação da passagem temporal, dependendo da velocidade do visitante, caso ele entrasse em uma nave ultrarrápida ao nascer.
O Museu Histórico Nacional fica na Praça Marechal Âncora, no Centro.
De terça a sexta, das 9h às 18h; sábado, domingo e feriados: 14h às 18h.
Preços: R$ 14 (aos domingos) e R$ 20.
Mais informações pelo telefone 2550-9220 ou pelo site www.einsteinbrasil.com.br.
Fonte: O Globo
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